quarta-feira, setembro 05, 2012
Como em todas as manhãs levantei-me atrasada , apenas para manter o hábito, me arrumei o mais depressa possível, para chegar ao inferno, quer dizer, colégio na hora marcada. Apressada dou um tchau a minha mãe, lhe pedindo dinheiro para o lanche, ela sem medir esforços me da e diz, boa aula minha querida, até mais tarde. As palavras daquela doce mulher eram as únicas coisas pelas quais eu ainda não havia deixado esse mundo para traz. Passei a manhã ali , num tédio constante, eu odiava aquele lugar, o ar pesava e eu mal suportava respirar, as vozes, as risadas, tudo era motivo para que eu sentisse vontade de matar um por um ali dentro. Discretamente olhava a todos que estavam ao meu redor, e via a ignorancia de cada um, exceto alguns que se destacavam por não ter a mente tão futíl como a dos demais.Enfim o sinal soara, e eu alegremente fui para minha casa, o unico lugar no mundo que eu gosto de estar.
Deitei-me para esperar o almoço , logo ouço de fundo um "tec;tec" familiar, eram os saltos da minha mãe que viera do serviço almoçar, eram clássicos aqueles barulhos, que desde que me conheço por gente me fazem sorrir, e faz com que meu coração exale alegria. Sai correndo da cama, como uma maratonista cheguei a cozinha e abracei aquele mulher com tanto amor, como se fizesse anos que eu não a via , e depois do almoço lá se foram os "tec;tecs" de volta para longe de mim. Era assim , todos os dias, durante anos, eu a esperava, talvez em mim nunca houve amor verdadeiro igual ao que eu sentia por aquela mera mulher.
A tarde se passava, uma, duas, tres da tarde, e ela sempre me ligava, e para não preocupa-la eu sempre dizia "estou bem mãe, não esqueci meus remédios, sim mãe eu vou fazer" nunca dizia a ela o que estava se passando, ela era alvo de tanto sofrimento passado, tantas preocupações, que eu me sentia pesada só em pensar em falar qualquer coisa ruim para ela.
As cinco e meia lá se vinha o "tec;tec". Era ela , com o mesmo barulho dos saltos de quando eu tinha apenas 9 anos de idade, o mesmo sorriso bobo, o mesmo coração falho, as mesmas vontades de abraço, e como maratonista sai correndo novamente para abraça-la, um abraço rápido, pois ela sempre esta ocupada, com algo pra fazer, seja uma hora marcada no dentista, uma janta a fazer, um marido que exige cinquenta por cento de sua atenção, e eu fico ali esperando atras da porta como sempre fiz.
E era assim todos os dias, acordava, frustrava-me, ouvia, corria , abraçava o amor da minha vida, fazia o que tinha de fazer, não a preocupava, ouvia e corria, por fim a abraçava, e esperava, como sempre fiz, como sempre a esperei. Não importa o quanto eu cresça, o quanto minha mente amadureça, o quanto sua pele enrugue e as coisas mudem, eu vou ser sempre aquela garotinha que te espera atras da porta
Deitei-me para esperar o almoço , logo ouço de fundo um "tec;tec" familiar, eram os saltos da minha mãe que viera do serviço almoçar, eram clássicos aqueles barulhos, que desde que me conheço por gente me fazem sorrir, e faz com que meu coração exale alegria. Sai correndo da cama, como uma maratonista cheguei a cozinha e abracei aquele mulher com tanto amor, como se fizesse anos que eu não a via , e depois do almoço lá se foram os "tec;tecs" de volta para longe de mim. Era assim , todos os dias, durante anos, eu a esperava, talvez em mim nunca houve amor verdadeiro igual ao que eu sentia por aquela mera mulher.
A tarde se passava, uma, duas, tres da tarde, e ela sempre me ligava, e para não preocupa-la eu sempre dizia "estou bem mãe, não esqueci meus remédios, sim mãe eu vou fazer" nunca dizia a ela o que estava se passando, ela era alvo de tanto sofrimento passado, tantas preocupações, que eu me sentia pesada só em pensar em falar qualquer coisa ruim para ela.
As cinco e meia lá se vinha o "tec;tec". Era ela , com o mesmo barulho dos saltos de quando eu tinha apenas 9 anos de idade, o mesmo sorriso bobo, o mesmo coração falho, as mesmas vontades de abraço, e como maratonista sai correndo novamente para abraça-la, um abraço rápido, pois ela sempre esta ocupada, com algo pra fazer, seja uma hora marcada no dentista, uma janta a fazer, um marido que exige cinquenta por cento de sua atenção, e eu fico ali esperando atras da porta como sempre fiz.
E era assim todos os dias, acordava, frustrava-me, ouvia, corria , abraçava o amor da minha vida, fazia o que tinha de fazer, não a preocupava, ouvia e corria, por fim a abraçava, e esperava, como sempre fiz, como sempre a esperei. Não importa o quanto eu cresça, o quanto minha mente amadureça, o quanto sua pele enrugue e as coisas mudem, eu vou ser sempre aquela garotinha que te espera atras da porta
Marcadores:textos
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